REVOLUÇÃO FRANCESA  

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INTRODUÇÃO

Porque revolucionar? Toda revolução requer mudanças e por traz delas há sempre motivos. Não foi diferente com a revolução francesa. No século XVIII a França passava por diversas dificuldades. Eram elas: Econômicas, políticas, sociais... E foi devido a essa situação crítica, que o século é marcado, pelo movimento denominado “Revolução Francesa”. Considerado o mais importante acontecimento da história contemporânea.

Objetivo da revolução era combater o antigo regime, defender a democracia, reivindicar igualdade entre os homens. Seus ideais eram baseados nos ideias iluministas. Formado por pensadores do século XVII e XVIII, como John Locke, Montesquieu, Voltaire, Condorcet, Rosseau e o filósofo Emanuel Kant.

A revolução conquistou um aspecto universal, tornou-se um ato, no qual mudou a história do mundo. Que infelizmente, foi preciso lutar tanto e com isso sofrer. Para se conquistar “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Um direito humano que é obtido sem que seja necessário recorrer à nada, muito menos ao derramamento de sangue.

A REVOLUÇÃO EM CONTEXTO

A revolução é iniciada na França no ano de 1787 e consolidada em 1799. Porém o ano no qual toma o destaque é 1789. Os fatores que ocasionaram a revolução francesa estão diretamente ligados a uma série de elementos. Entre eles, os quais mais se sobressaem são as revoluções de 1770, ocorridasna América do Norte, cuja influência, foi seu processo de independência dos Estados Unidos da América; A revolução industrial, que baixou o preço dos produtos, fazendo com que, a burguesia pretendesse o poder político. Em contrapartida com os camponeses, que desejam libertar-se das obrigações feudais.

O regime autoritário que vigorava na França, foi sendo modificado pela opnião pública, em 1715 a 1789, após a morte do rei Sol Luis XIV. O poder que estava centralizado nas mãos do rei, entrava em decadência. E a hierarquia social procedia tratando as camadas mais pobres de maneira dividida e descriminada.

A organização social francesa, era dividida em três estados. O primeiro estado, era composto, pelo Clero, que representava a menor concentração popular, continha apenas 0,5% das pessoas. O segundo estado era constituído pela nobreza e o alto clero, era proveniente de 1,5 da população. O terceiro estado era atribuído as restantes camadas, pertenciam aos trabalhadores urbanos, camponeses e a burguesia.

Apenas o Cleroe a nobreza , tinham direitos. Enquanto a situação do terceiro estado se agravava ainda mais, em torno da crise, principalmente por causa dos autos impostos que eram cobrados somente a eles. Fortalecendoo quadro precário, que dificultava a vida da população humilde.

“A ORIGEM DO MOVIMENTO”

A origem do movimento foi possível, graças, como antes citado, aos ideais iluministas. Tais elementos foram essências para a crítica política e social do absolutismo. Devido o apoio que o iluminismo prestava ao desenvolvimento racional do homem, para que com isto, torna-se capaz de responder questões diante da razão, além desses fatores , estavam a opnião exposta conta o absolutismo e as ações que beneficiava apenas o Clero e a Nobreza.

Desenvolvia-se uma população com medidas e propostas para que suas necessidades fossem respeitadas e assim concretizadas diante de suas realidades. Os revolucionários reivindicavama criação de uma constituição, com o poder judiciário, executivo e legislativo, que por sua vez , fizessem valer, as leis.

O terceiro estado passou a rejeitar ordens, as diferenças e ao mesmo tempo incentivou a cultura e o reconhecimento de sua competência. Logo foram apoiados pela juventude aristocrata, no qual resolveram abandonar a posição de superioridade. Se reunindo em lojas maçônicas, salões e academias.

A CRISE DE 1787

Os problemas apontados já eram percebidos. O terceiro estado insistia em não obedecer as regras, o governos gastava mais do que arrecadava, tinha uma péssima administração e ainda as despesas gastas com a revolução da independência dos Estados Unidos da América.

As causas que geravam os problemas econômicos ligavam-se ao tratado de comércio e navegação assinado entre a França e outros países; Por insatisfazer os comerciantes com a queda dos produtos; A crise manufatureira, modelo de produção que executava o trabalho compulsório, que desagradava o empreendimento da burguesia; A crise agrícola, que provou o êxodo rural, levando a população do campo para as cidades na qual encontravam-se despreparadas, provocando vários problemas sócias, em destaque a “Fome”.

A crise estourou no momento em que o ministro propôs uma reforma fiscal, decretando igualdade de imposto a todos. O parlamento recusou, como justificativa, afirmou que apenas os estados gerais poderiam criar um novo regulamento de imposto.

Com isso o rei pediu um empréstimo para corrigir o defict do estado, mais uma vez o parlamento negou, afirmando que era um ato ilegal. O rei insatisfeito falou “É legal porque eu quero”, tal afirmação revoltou a população e os poderes que começaram a se confrontar, pondo em risco o estado.

O rei diminuiu o número de parlamentares, para tentar contornar a situação e salvar o regime. Mas já era tarde, os parlamentares exigiam mais representantes do terceiro estado. O processo eleitoral compreendia duas fases. As eleições primárias voltavam naqueles, que na segunda fase escolhiam os deputados. Motivo no qual gerou o problema, pois só podiam votar quem fosse mestre ou tivesse o ofício de mestre, grau universitário e tivesse emprego público.

Provocando a exclusão das massas. A população os levou a protestar, para expor seus desejos, foi criado o “Caderno de Reclamações”, geralmente seus pedidos se referiam a liberdade individual, direito de propriedade e uma constituição que vigorasse as leis do rei e da nação.

“AS FASES DA REVOLUÇÃO”

1° FASE: Assembléia Nacional Constituinte

Os conflitos foram manifestados entre as três ordens. O clero com tre4zentos representantes, a nobreza com também trezentos representantes e o terceiro estado contavam seiscentos representantes. Em maio de 1789, ocorreu a primeira vitória popular, em junho eles se reuniram e juraram permanecer unidos para fazer valer o direito a uma constituição.

O rei conheceu o direito exigido, devido a várias manifestações e passou a pressionar as demais classes. Desse modo, em julho os estado geral se transforma na Assembléia Nacional Constituinte. O re i tomou medidas drásticas, demitiu o ministro Jackes Necker. As massas se mobilizaram tomaram as ruas e promoveram a queda da bastilha. Um verdadeiro caos. Os camponeses tentaram acabar com o feudalismo, invadiram castelos e em muitos casos massacravam seus proprietários.

A constituição foi criada para estabelecer igualdade entre os homens, porém, alguns eram “Mais iguais” que outros. Ocorreu então, reflexo na burguesia. Muitos que se sentiam ameaçados se uniram para conquistar a revolução. A situação agravou-se quando Luiz XIV a família real tentaram fugir, tentativa desastrosa. Uma declaração foi lançada pela Prússia e Aústria, como esperado a França não concordou em ter a intromissão de outros países nas suas questões interna.

2° FASE: Assembléia Legislativa

A assembléia legislativa, teve de conviver com as ameaças externas, a uma série de crises econômicas, em meio as especulações. Uma guerra foi declarada a Aústria e a Prússia. O controle da capital, fez com que o rei fosse afastado. Não sendo atendidos os parenienses atacaram o palácio real, obrigando o poder legislativo a suspender suas funções. Foi a partir daí que surgiu a Convenção Nacional.

Os austríacos e prussianos, finalmente foram derrotados. Como antes havia os comentários, de que o rei tinha se aliado com o estrangeiro facilitando as invasões. Nesse mesmo dia, a Convenção Nacional decretou o fim da monarquia, proclamando a república em 21 de setembro.

3° FASE: Convenção Nacional

“Direita e esquerda?”

Esses termos foram surgiram a partir dos lugares tomados na assembléia constituinte. Ao lado direito, sentavam-se os aristocratas e absolutistas. Ao lado esquerdo encontravam-se os revolucionários e patriotas.

Os termos tornarem-se responsáveis pela divisão dos grupos políticos. A esquerda era dividida em dois subgrupos os jacobinos e os cordeliers. Os jacobinos tiveram uma forte influencia, acabaram por criar várias filiais, porque permitiam que os deputados, jornalistas e escritores participassem de suas reuniões, porém, tinham que pagar altas mensalidades. As mulheres não participavam.

Com toda popularidade dos jacobinos, surgiram os girondinos. Os Cordeliers tornou-se ainda mais conhecidos que os jacobinos por causa que seus encontros, erma mais acessíveis, os mais pobres e mulheres participavam. O clube se tornou o ponto de encontro dos Sans-Cullotes.

Os extremos variavam de acordo com o avanço revolucionário. As defesas das posições conciliadoras eram de interesses da burguesia. Os quadros políticos eram vistos, como defensores sinceros, no qual cada vez mais, engrandeciam a extrema direita.

“A REPÚBLICA JACOBINA”

Surge quando acreditava-se que tinha ocorrido o término da revolução e se constituído a república. Nesse período, existiam os que acreditavam na mudança, sentindo assim alívio e os outros que se sentiam amedrontados, com as ameaças tiranas.

A França recria-se com o Novo calendário. O ano I era marcado pela proclamação da república. Quem exercia o poder era a Convenção Nacional, que lhes cabia criar uma nova constituição, julgar Luis XVI e traçar novas estratégias contra as coligações estrangeiras.

O calendário republicano substitui o calendário cristão. E é organizado da seguinte maneira: Dividido em 12 meses, cada um com trinta dias. Os meses representavam os ciclos agrícolas e a natureza, os cinco dias restantes entre 17 e 21 de setembro, eram considerados , feriados de San-Culottes .

A convenção inicial pertencia aos Girondinos, cujo objetivo era conter o avanço das massas, porém, houve um fracasso. Com isso, muitas coligações européias formaram contra a França. Para tentar enfrentar a ameaça interna a Convenção criou o comitê da Salvação Pública. Mas os Sans-cullotes, foram mais longe. Eles reivindicaram a democracia, que resultou na expulsão dos líderes Girondinos, favorecendo a ascensão aos Jacobinos, eram ele: Maxmillen Robespierre, Louis-de-Saint Just, Marat, Dantan e Hébet.

O ano II é marcado pela república jacobina, que era democrática e radical. Fixou ordem e direitos entre os homens, suprimiu os direitos feudais, forneceu pequenas terras para pequenos produtores, escolas primárias gratuitas, salário fixo, direito na greve e subsistência, ninguém poderia viver em estado de miséria. Até as mulheres, ganharam participação social. Passaram a freqüentar clubes, manifestações populares e chegaram a se alistar na guarda nacional. Mas, infelizmente em um momento de impulso, voltaram a ser confinadas a vida d antes, mães e donas de casa.

Robespierre assumiu o estado em situação extrema, em conflito, com várias coligações. Inglaterra, Aústria, Prússia, Holanda, Espanha, Rússia e Sardenha. Além das crises financeiras e sociais, tinha a pressão dos Sans-Cullotes. Eles exigiam medidas para barrar a contra revolução.

Para tentar resolver todos os problemas. Robespierre e os outros líderes Jacobinos estabelecem, um regime, que n constava na constituição. Denominado “Terror” que consistiu de 1793 a julho de 1794. Nesse período o poder foi exercido de forma bem rigorosa. Todos deveriam lutar e ser pela república, pois, a partir do momento em que receberam a liberdade de manifestar suas vontades, eles jamais poderiam se oporem a república, e se caso não prestassem a ela, seriam considerados inimigos e assim seriam punidos.

O regime implantado por principalmente Robespierre, se aliou as novas camadas sociais e as massas trabalhadoras. Porém não deu certo, a aliança começou a ruir rapidamente. E novamente confrontos reergueram-se. Robespierre deu um golpe na extrema esquerda, derrubando Hébert, porque ele defendia a idéia de que a população tivesse um ator autônomo. Com isso o levou a guilhotina. Do lado direito Robespierre deu um golpe em Dantan e Demoulins, por condizir a anistia geral. E assim como Hérbet foram para a guilhotina. Através desses atos, todos afastam-se de Robespierre, antes considerado a pessoa justa e ideal para guiar o estado.

Robespierre, lutou contra todos os adversários, sem dispor de apoio algum. Após o reitraimento da plebe de Paris, todos que se sentiam ameaçados por ele se uniram para derruba-lo. Em julho de 1794 terminava o calendário republicano e Robespierre e Saint Just, foram presos e executados.

“O Reflexo da revolução”

É marcado pelo fim da participação popular no movimento revolucionário. A alta bruguesia retoma o poder e o novo governo era o diretótio, de ação autoritária e com ligações ao exército. O diretório criaram uma constituição nova, para manter a burguesia livre das ameaças dos jacobinos e do antigo regime. Mas isso não foi o suficiente.

A burguesia enfrentou os Igualitaristas e os Jacobinos. Esses movimentos foram liderados por Graco Babeuf, ele propunhava a “Comunidade dos bens de trabalho”, para alcançar o que sempre havia sido proposto “Igualdade entre os homens”. O diretório decretou a morte para todos os participantes e sinpatizantes.

Além dessas questões o diretório teve que enfrentar outros conflitos externos. Foi nessas campanhas, que um jovem der 25 anos, que muito lutava e conquistava vitórias se destacou “Napoleão Bonaparte”. Junto com Sieyés e Roger Ducos tornou-se cônsules. Napoleão tomava a frente do estado e uma nova era Francesa se iniciava.

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